quinta-feira, 30 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
Análise do livro dedático.
ANALISE
DO LIVRO DIDADICO DE HISTÓRIA
Introdução
As
obras didáticas de histórias são escritas geralmente por historiadores e
professores de história e representam a História que será significada e
ressignificada por seus leitores, a grande maioria professores e alunos. Seus
textos e imagens são resultados do entendimento e da representação de uma
realidade a partir do olhar de quem escreveu a obra (OLIVAS 2003, pp. 441-
442.) e ajudam os alunos e professores na construção da representação sobre
diversos momentos da humanidade no tempo.
Ao
escrever uma obra didática, o autor usa critérios da sua formação acadêmica,
suas ideologias, seu contexto histórico, o público para quem escreve, e os
limites de sua formação, além das exigências das editoras. Sua obra final
resulta em um “tipo de representação da História”. (OLIVAS 2003, pp. 441- 442.)
De certa maneira, as obras
didáticas podem apresentar valores, ideologias e transmitirem estereótipos
(BITTENCOURT. apud. OLIVAS. 2003. pp. 441-442). Serão lidas por diferentes
leitores (professores e alunos) “que não possuem a mesma formação intelectual e
não mantêm a mesma relação com o escrito” (CHARTIER, 1991. p. 179). Nesse
sentido, as representações sobre os momentos da humanidade no tempo, presentes
nas obras didáticas “carregam as marcas” de quem escreve e de quem lê a obra.
Com base nos textos e imagens presentes nos livros didáticos, os alunos irão
construir suas representações produzidas por quem escreveu. (OLIVAS 2003, p.
442.)
Analise do livro didático
É assente, entre os historiadores,
que os sujeitos sempre se posicionam a partir de um lugar social e que os
olhares que assumem são permanentemente contingenciados por circunstâncias que
emergem em função de tais lugares. Parece pertinente, portanto, que se faça um
esclarecimento inicial acerca do lugar a partir do qual se enunciam as análises
(Miranda 2004) Esses
registros revelam situações de um lugar no qual os valores e as relações
sociais são atravessados pelas perspectivas da provisoriedade e da
transitoriedade. Uma realidade na qual os espaços e os papéis sociais estão
apenas precariamente acordados. O livro didático deve ser acima de tudo uma
obra que venha eliminar as duvidas do aluno, ou no mínimo apontar caminhos, uma
vez que é nesta fase da vida escolar que se forma o conjunto de opiniões, ou
visão de mundo, que o aluno carregará por toda vida.
Neste
trabalho analisaremos qual conceito de história, fontes históricas, construção
da história e verdades históricas proposta pelo autor da obra didática, se
nesta obra o autor preocupa-se em mostrar como a história é construída pelo
historiador, e qual a sua referencia acerca das verdades históricas.
A
obra didática ora analisada intitula-se “História: Brasil: da chegada dos
portugueses à independência política” da autora Marlene Ordoñes, 1º edição, São
Paulo, editora IBEP, publicado em 1999.
A definição que o livro dá para o conceito de História
é simplista, como transcrita a seguir: “A História é a ciência que procura
mostrar e explicar as realizações do homem, as transformações da sociedade ao
longo do tempo.” (Ordoñez, 1999. p.06). Tal conceito poderia ter sido mais bem exemplificado
se pensarmos que podemos considerar o conceito da palavra História com dois
significados: Falamos em História quando queremos nos referir a qualquer fato
ocorrido no passado, assim podemos dizer que a História é o conjunto do
passado, de tudo o que já passou ou já aconteceu. Em outro sentido podemos
dizer que a História é a interpretação do historiador (ou dos historiadores)
sobre o passado.
Marlene
Ordoñes faz uma breve referência sobre as fontes históricas, citando-as como
instrumentos de trabalho do historiador, fazendo o uso de alguns exemplos de “fontes
históricas, como fósseis, documentos, restos de objetos etc.” (ORDOÑEZ, 1995.
p. 15), contudo deixa de mostrar em sua obra como é construída a História pelo
historiador, algo bem relevante e que, mesmo de forma simplificada, deve fazer
parte de uma obra didática. A disciplina de História é um campo de estudos que
permite variadas interpretações do passado, de determinado fato ou processo
histórico - o que não quer dizer que os historiadores podem dizer ou escrever
qualquer coisa que acharem melhor. Para fazerem sentido, os registros do
passado carecem de serem interpretados e isso se dá pelo trabalho dos historiadores,
esses por sua vez realizam tal interpretação de acordo com sua formação
acadêmica, sua visão de mundo, o que resulta em várias conclusões diferentes,
sob diferentes olhares e, o que é melhor ainda, um mesmo acontecimento ou
processo histórico, uma vez analisado por diversos historiadores, pode revelar
coisas que talvez seriam impossíveis (ou levariam muito mais tempo) de serem
descobertas se analisadas apenas por um olhar.
Assim, o texto da presente obra não faz
absolutamente nenhuma referência no que concerne acerca da compreensão das
verdades históricas, e que tais verdades são parciais, não absolutas, o que não
ajuda o aluno a compreender a disciplina de História como uma ciência de
múltiplas vertentes e que permite àqueles que se propõem a estudá-la a olhar o
mundo desta forma, como um mosaico de alteridades a ser compreendido, isso
quando consideramos que o conhecimento histórico ensina a diferenciar as
durações, as vidas; “ensina a duvida metódica, a critica da informação, a perspicácia no juízo, a liberdade de
pensamento, a analise lúcida da informação tendenciosa.” (Reis 2000)
Conclusão
As
avaliações das obras didáticas de História têm sido freqüentes nos últimos anos
pelo PNLD (Programa Nacional do Livro Didático). Elas servem de guias para os
professores no momento da escolha das obras que serão adotadas pelas escolas
públicas brasileiras.
No
universo das coleções avaliadas pelo PNLD em 2008, observa-se uma diversidade
quanto à organização dos conteúdos. Muitas conseguem dar conta de alguns pontos
exigidos nos editais de convocação do PNLD, mas por outro lado não mantém um
padrão de qualidade em todos os itens. As avaliações do PNLD provocaram
mudanças na participação dos grupos editoriais no mercado de venda das obras
didáticas de História. Muitas editoras sumiram ou foram incorporadas por
outras, e aquelas que permaneceram tiveram que modificar o perfil da edição das
obras.
Mesmo
com estas mudanças, os conteúdos presentes nas obras didáticas são construídos
e integrados com História da Europa, com cunho puramente informativo e
tradicional. As novas possibilidades de abordagem histórica aparecem em um
número menor.
Dessa
forma a obra analisada, deixa lacunas no que diz respeito à compreensão dos
conceitos basilares da disciplina de História, bem como seu processo de
construção ao longo do tempo e no decorrer dos acontecimentos dos quais se
propõe analisar e compreender.
Bibliografia
BITTENCOURT,
Circe Maria Fernandes. Em Foco: História, produção e memória do livro didático.
Apresentação. São Paulo. 2005.
CHARTIER Roger. O
mundo como representação. Estudos Avançados: Revista das Revistas, n° 11, 1991.
PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO DIDÁTICO. Séries/Anos Finais do Ensino
Fundamental – História, Brasília, Ministério da Educação, Secretaria de Educação
Básica, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. 2008. pp. 21-22.
OLIVAS, Anderson
Ribeiro. A História da África nos bancos escolares. Representações e
imprecisões na literatura didática. Representações e imprecisões na leitura
didática. Estudos Afro-Asiáticos, ano
25. N° 3, 2003.
ORDOÑEZ, Marlene.
História: Brasil: da chegada dos portugueses à independência política, 5ª
série/1ª edição, São Paulo: IBEP, 1999.
REIS, José Carlos. “Os
Annales: Renovação teórico-metodológica e ‘utopica’ da Hitória pela
reconstrução do tempo histórico”. In: Escola dos Annales: A Inovação Histórica
Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2000, pp.
9 - 15
quinta-feira, 3 de maio de 2012
EM BUSCA DA LIBERDADE por Manoel Oliveira
EM BUSCA DA LIBERDADE
Uma grande correria estava
se dando pros lado do arraial. Eram uns a cavalo, outros a pé, e a movimentação
de pessoas num vai e vem que mais parecia que haviam tocado fogo na casa de
alguém muito importante da sociedade local.
Enquanto isso, nas
imediações do arraial - no mato - alguém desesperadamente corria procurando se
esconder como se estivesse sendo objeto de minuciosa procura.
Águém se aproxima do local
de onde vem tanto barulho, com a intenção de saber qual o motivo de tão grande
alvoroço, e pergunta para um dos transeuntes:
-
Senhor, qual o motivo de tão grande reviravolta?
-
Alguém fugiu! Alguém fugiu!
Respondeu gritando o homem
que por ali passava, e que parecia bastante preocupado com o que estava
acontecendo.
Mas, quem havia fugido? Devia
ser alguém muito importante pra compensar tão barulhenta correria nas ruas do
povoado.
No mato, alguém continuava se
escondendo nas moitas, atrás das árvores, em buracos, enfim, o medo de ser
encontrado era tremendamente grande, e isso fazia com que seus movimentos
fossem bastante rápidos e enérgicos.
- Quem
seria este que tanto procurava se esconder?
- Teria
ele alguma coisa a ver com o barulho no arraial?
- Preciso
encontrá-lo! Alguém dizia muito zangado, correndo em direção aos cavalos
amarrados em uma árvore ali perto. O homem estava tão apresado que de um salto
montou o cavalo, e saiu em disparada em direção à rua principal do arraial.
Estava muito apreensivo, pois logo a noite
cairia e, lógico, a procura seria bem mais difícil por causa da escuridão.
Muito tempo se passa. A noite chega misteriosamente com sua lua brilhante e
fria. O homem chega triste, por não haver encontrado o que procurava, mas não
desanimado. Resolveu então organizar uma busca. Chama vários outros homens, que
se armam até os dentes com a intenção de encontrar o fujão.
Tudo
está parecendo uma operação de guerra. Cães, tochas facões e mosquetes, era um
aparato grandioso para procurar o fugitivo.
-
Mateiro! Gritou alguém se dirigindo ao homem que chegara a cavalo.
-
Então aquele era um capitão-do-mato. Um homem especializado em procurar
escravos fugidos, e entregá-los novamente aos seus senhores. Isso explicava a
balburdia no povoado. Toda aquela correria. Um escravo havia fugido de seu dono
em busca da sua liberdade.
O
homem esgueirando-se por entre as árvores então é o fugitivo negro que acaba de
escapar.
Na
floresta o fugitivo continuava correndo mais depressa, agora que sentia sua
liberdade bem próxima.
Pode-se imaginar porque os escravos fugiam. Era o sonho da liberdade que
falava mais alto em seu coração. O desejo de se tornar um ser humano livre
fazia com que tomasse, com o risco da própria vida, a decisão de fugir do jugo
esmagador de seus algozes.
Liberdade era algo sonhado por todos aqueles homens e mulheres que foram
tirados de sua pátria mãe e trazidos para um mundo completamente diferente do seu.
Sonham em poder correr livremente outra vez pelos campos, sentindo a brisa fria
em seus rostos sem ter a preocupação do trabalho forçado, onde não recebiam
nada por ele, alem de mísero alimento e aposentos que de tão miseráveis não se
podia chamar de casa, mas de pocilga (senzalas).
Viver
em condições subumanas, sem ter uma identidade, sem um presente com o mínimo de
dignidade, e menos ainda com esperança de futuro, fazia com que muitos
quilombos surgissem no período colonial, e que se convertessem em varias
rebeliões na América espanhola e norte-americana.
Não
podemos esquecer que os negros escravos foram os construtores dessas
sociedades. Do ponto de vista econômico e cultural, todas estas colônias devem
e muito aos escravos.
Sabemos que o negro dentro do contexto das
transformações foram um fator importantíssimo. Pois proporcionaram o
desenvolvimento dessas sociedades marcadas por essas lutas e a esperança de
setores progressistas de superar essas desigualdades, a partir de suas bases.
Havia
em todas as colônias americanas, fugas de escravos. Os escravos do Sul dos
Estados Unidos sofriam os mesmos castigos que os escravos da América espanhola.
Eram colocados no tronco, marcados com ferro quente, e açoites no pelourinho;
os escravos do Sul defendiam-se através de sabotagem roubo, fingimento de
doenças e ataques físicos contra os feitores e os senhores.
Quando
o escravo tinha a coragem e encontrava a oportunidade, ele fugia e procurava
chegar até os Estados do Norte, onde não havia escravos, ou mesmo ao Canadá.
Esta fuga foi ajudada por uma rede de coiteiros e informantes chamada “a
estrada de ferro subterrânea”. Fugindo de noite, orientando-se pela estrela do
Norte, mais de cinqüenta mil escravos, inclusive os abolicionistas militares
Harriet Tubman, uma ex-empregada, e Frederick Douglas, um ex-calafate de navios,
assim conseguiram a sua liberdade.
Nas
montanhas do Haiti, na América espanhola, grupos de foragidos, os chamados
cimarrones, cuidavam de escapar à chibata dos plantadores. Assim, as revoltas e
fugas faziam parte dessas sociedades que eram altamente escravocratas.
SILVA. Manoel Oliveira, Em busca da liberdade, Centro
Universitário de Parauapebas (CEUP), 2009.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
A festa do trabalhador em Eldorado foi um sucesso, fato bem justificavel já qie foi produzida por trabalhadores, foi bom ver a satisfação na cara dos amigos e de toda população presente. Isso por que alem da festa que estava simplismento o povo ainda contaram com muitas ações de sidadania.
Parabens Eldorado seu povo merrece todos esses beneficio que está recebendo.
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